Fundada em 2018 e com sede em Porto Alegre, a startup gaúcha Yuool produz calçados em lã de merino, uma raça de carneiros, e fechou 2019 faturando o triplo do ano anterior. A marca é dos empresários Marcelo Maisonnave, Eduardo Glitz e Pedro Englert, que foram sócios da XP Investimentos, a maior corretora do país. Maisonnave, inclusive, foi um dos fundadores da companhia conhecida no mercado financeiro.
Pois, no segundo ano de operação da Yuool, ela já vendeu mais de 20 mil pares de calçados e faturou R$ 7 milhões. A empresa atribui o aumento do faturamento aos investimentos feitos ao longo do ano passado. A marca abriu sua primeira loja física temporária em São Paulo, localizada no Shopping JK Iguatemi, e ampliou o catálogo de produtos da marca. Recentemente, lançou seu terceiro produto, que é um chinelo.
A Yuool se considera uma empresa DNVB, sigla para Digitally Native Vertical Brands. O termo em inglês se refere a empresas que são nativas do meio digital e com o que chamam de "varejo vertical", onde modelos, produção, venda e entrega são feitos pela própria fabricante.
— O efeito é sentido no preço do produto que, embora premium, tem custo acessível. Usamos uma matéria-prima pouco explorada no país e que atrai pela durabilidade e conforto — explica Eduardo Glitz, que também tem paticipação em outra empresa do mercado financeiro, chamada de Warren.
A lã é importada da Itália para Ivoti, no Vale do Sinos, onde o tênis é fabricado. Ela funciona como um isolante térmico, deixando os calçados apropriados para uso no inverno e no verão. E um ponto interessante é que pode ser colocada na máquina de lavar sem risco de danificar o produto, garante a fabricante.
A loja temporária em São Paulo foi um teste. Custou R$ 300 mil para a marca e aproveitou o movimento de vendas de Natal. A Yuool considerou a operação um sucesso e já está expandindo para outros locais. A partir desta quarta-feira (22), a loja temporária fica 60 dias no Shopping Iguatemi de Campinas. Também planejam a circulação por outros Estados e localidades em 2020.
— A expectativa é atingir um faturamento na casa dos R$ 20 milhões em 2020 — adianta Glitz.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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