O dólar está alto, mas parece que o turista segue indo às compras nos free shops. Entre agosto e dezembro, as quatro lojas francas de Uruguaiana e a de Barra do Quaraí venderam R$ 9,92 milhões. O ponto alto foi em novembro, quando as unidades contabilizaram R$ 4,3 milhões em faturamento, dobrando o resultado de outubro. Os números deixaram o prefeito de Uruguaiana, Ronnie Mello, entusiasmado: 

— Os free shops vieram para fortalecer o turismo de compras e colocaram a nossa cidade no radar dos grandes investidores.

Mello enviou para a coluna uma lista disponibilizada pela Receita Federal com os dez produtos que mais geraram movimentação financeira no período:  

1 - Ar condicionado e ventiladores: R$ 431,3 mil
2 - Perfumes e águas-de-colônia: R$ 262,4 mil
3 - Equipamentos elétricos: R$ 101 mil
4 - Bebidas destiladas: R$ 100,1 mil
5 - Vinhos e espumantes: R$ 94,9 mil
6 - Televisores, monitores e projetores: R$ 94,6 mil
7 - Cervejas de malte: R$ 89,8 mil
8 - Produtos cosméticos: R$ 81,8 mil
9 - Roupas de cama, mesa e banho: R$ 56,9 mil
10 - Malas, maletas e pastas: R$ 56,7 mil

A abertura de free shops brasileiros de fronteira terrestre é a grande aposta da Fronteira, região que sempre enfrentou dificuldades econômicas no Rio Grande do Sul. A primeira autorização saiu em junho de 2019. Relembre quando o assunto foi abordado pela coluna Acerto de Contas: De free shops a piscina de ondas, Fronteira quer ser polo turístico  

Regras de compras

• A cota máxima de compras é de US$ 300 por CPF ou o equivalente em outra moeda a cada intervalo de 30 dias em compras de produtos nacionais. Já o excedente em mercadorias importadas terá taxa de 50%. O valor aumentará para US$ 500 em 2020.
• O software fará este controle e também quanto à quantidade de alguns itens:
  Bebidas alcoólicas - 12 litros 
  Cigarro - 20 maços 
  Charutos ou cigarrilhas - 25 unidades 
  Fumo preparado para cachimbo - 250 gramas 

Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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