A Caixa Econômica Federal anunciou a redução da taxa de juros do cheque especial de 8,99% para 4,99% ao mês e há uma tendência de que provoque outros bancos a fazerem um movimento parecido. Mas não te atira. Ficou em menos da metade do que a média do mercado para essa linha de crédito, mas ainda é superior do que o juro no comércio e do que o empréstimo pessoal.
A coluna sabe que é um crédito fácil, está ali, ao alcance de um gasto a mais no mês. Muitas vezes, o cheque especial é visto até como extensão do salário. Ainda assim, é um juro alto e a bola de neve, mesmo que menor, ainda é capaz de fazer um belo estrago no orçamento da família.
O cheque especial é aquele limite que o banco deixa pré-aprovado para o correntista. Se ele gasta tudo que tem na conta, passa a usar o dinheiro que a instituição financeira emprestou, cobrando o juro.
Planejadora financeira, Letícia Camargo calcula que, mesmo reduzido, o juro do cheque especial da Caixa Federal fica em 79,38% ao ano. Ou seja, a dívida de R$ 1 mil vira de R$ 1.793, se não for paga ao longo de um ano. Se for de R$ 10 mil, sobe para R$ 17.938.
Há algum tempo, o cheque especial passou o cartão de crédito e ficou com a taxa de juro mais cara na pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças. A última média no site da Anefac está em 11,65% ao mês ou 275,24% ao ano. Sem falar que o Banco Central estuda cobrar ainda uma mensalidade do cheque especial. A conferir.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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