O preço do gás natural veicular, o GNV, disparou no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional do Petróleo encontrou preço médio de R$ 3,62 pelo metro cúbico, contra R$ 3,45 da pesquisa da semana anterior. Sendo que a média já tinha subido cinco centavos no levantamento do início de outubro. No caso de Esteio, o aumento superou 30 centavos.
Na virada do mês, entraram em vigor as novas tabelas de preços do gás natural para todos os clientes da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul - Sulgás. O percentual de aumento foi de 6,1% para todos os segmentos. É o dobro da inflação dos últimos 12 meses.
"A recomposição de preços se deve à trajetória de alta na valorização da moeda americana, que impacta diretamente nos custos de aquisição do gás natural pela distribuidora. O último reajuste foi em novembro de 2018.", argumenta a Sulgás.
Motoristas já reclamam, pois fazem a instalação de GNV em busca de uma economia substancial. Segundo o Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), 70% da frota usa gás natural. No caso dos aplicativos de transporte é cerca de metade dos carros, conforme a Associação Liga dos Motoristas de Aplicativos.
Segundo o engenheiro e professor do Senai Automotivo Anderson de Paulo, há carros que aceitam muito bem o gás natural e outros, não. Características do motor dão melhor ou pior rendimento, como a taxa de compressão. É preciso consultar uma instaladora credenciada para avaliar o tempo de retorno do investimento.
- A instalação de equipamentos varia bastante, com valores entre R$ 2 mil e R$ 4,5 mil. É preciso pensar quanto vai gastar com isso, que é preciso fazer um seguro separado e que há aumento na manutenção - acrescenta o engenheiro.
Gasolina
Enquanto isso, o preço da gasolina caiu pela segunda semana consecutiva na pesquisa da ANP em postos de combustível. Tanto na média estadual, quanto em Porto Alegre.
Na Capital, o litro da gasolina comum passou de R$ 4,34 para R$ 4,33. Considerando todo o Rio Grande do Sul, caiu de R$ 4,42 para R$ 4,41.
A alta do dólar e do preço do petróleo nos últimos dias afastou a expectativa de que a Petrobras faria uma redução nos preços nas refinarias. Ao menos, por enquanto.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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