O preço médio dos imóveis para alugar está subindo acima da inflação em Porto Alegre. Em setembro, a alta foi de 0,56%, conforme o Índice FipeZap. No mês, a Capital teve deflação para o consumidor.
No acumulado de 12 meses, a elevação é de 3,43%. Pela primeira vez desde janeiro de 2014, esse indicador fica acima da inflação. O IPCA está com +2,89% e o IGPM, 3,37%.
O metro quadrado do chamado "aluguel novo" custou, em média, R$ 23,22 em Porto Alegre no mês passado. São monitorados quase 14 mil anúncios.
Ao mesmo tempo, como a coluna Acerto de Contas divulgou na semana passada, os preços dos imóveis residenciais à venda ainda acumulam queda. Alguns fatores podem explicar essa diferença, como ainda haver o receio das famílias de comprometer a renda no longo prazo com a compra de um imóvel, recorrendo ao aluguel e aquecendo esse mercado. Há ainda o fato de o IGPM estar baixo e até com deflação, sendo que é o principal indexador de aluguéis em andamento.
— Tradicionalmente, o mercado e os preços dos imóveis à venda se movem mais lentamente, demoram mais para reagir a mudanças da economia — comenta o pesquisador da Fipe, Murilo Toda.
A Fipe também faz o ranking dos bairros mais caros e mais baratos em Porto Alegre. Veja abaixo, com o preço médio do metro quadrado:
Mais caros:
Jardim Europa R$ 50,82
Três Figueiras R$ 48,08
Praia de Belas R$ 46,58
Bela Vista R$ 30,05
Auxiliadora R$ 29,19
Média de Porto Alegre R$ 23,22
Mais baratos:
Navegantes R$ 12,79
Parque Santa Fé R$ 13,07
Restinga R$ 13,32
Campo Novo R$ 13,64
Vila Assunção R$ 13,78
Tendência
O Instituto Alphaplan - Inteligência em Pesquisas divulgou o Índice de Expectativas do Mercado Imobiliário de Porto Alegre (IEMI) do terceiro trimestre. O indicador voltou a subir após a queda do período anterior e atingiu patamar recorde desde que foi criado, em 2015. Ficou em 137,4 pontos, com uma alta de 7,6%.
— Principalmente, em razão da melhora da percepção de crédito ao mercado imobiliário. Outro recorde foi o índice geral do consumidor. É o primeiro sinal consistente de convergência para crescimento da confiança. Há um longo caminho ainda, mas os primeiros passos estão sendo dados — explica o diretor da Alphaplan, Tiago Dias.
A pesquisa ouve incorporadoras, imobiliárias, corretores e consumidores para calcular o indicador de tendência. As construtoras são as mais otimistas, o que já é tradicional no levantamento.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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