O final de ano deve gerar quase 11 mil vagas temporárias de emprego no Rio Grande do Sul. Para ser bem exata, a ASSERTTEM - Associação Brasileira do Trabalho Temporário identificou 10.956 oportunidades na pesquisa que enviou para a coluna Acerto de Contas. No ranking nacional, o Estado fica em oitavo lugar.
É um aumento de 14% em relação ao que tivemos de contratações de temporários de setembro a dezembro de 2018, quando foram 9.614, segundo o balanço oficial de vagas formais. Ou seja, é uma alta interessante. A contratação mesmo se intensifica nos meses de outubro e novembro.
— Mas a ideia é sempre efetivar o trabalhador — enfatiza o diretor regional da Asserttem e presidente da Explorer, André Fraga.
Há vagas nas lojas, supermercados, na indústria e muitas no setor de serviços. Em especial, em atividades de lazer, já que é época de Natal e também das férias de verão. São oportunidades do Litoral até a Serra. São boas para entrar no mercado de trabalho, já que muitas não exigem experiência, mas também para retornar, em tempos de desemprego alto.
Os benefícios para o trabalhador temporário são os mesmos do efetivado. Tem FGTS, férias e 13º salário proporcional. Só não tem o pagamento de aviso prévio e da multa de 40% do fundo de garantia, já que não há demissão no contrato de trabalho por tempo determinado.
— E mais, o trabalhador saca esse dinheiro no final do contrato temporário, mesmo que ele seja efetivado! — detalha Fraga.
O diretor da associação, inclusive, diz que o empresário do Rio Grande do Sul usa pouco a possibilidade de ter funcionários temporários:
— Não conhecem a lei e as vantagens. Vou na empresa e tenho que vender uma novidade e não um serviço.
O Brasil tem 1,3 milhão de temporários. Aqui no Rio Grande do Sul, são 4 mil trabalhadores.
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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