A Justiça autorizou a recuperação judicial da Toniolo, Busnello. A decisão judicial é dessa terça-feira (09). Fundada em 1954, a empresa atua com construção civil e pesada; túneis; obras de saneamento; e mineração.
O pedido de recuperação judicial tinha sido ajuizado pela Toniolo, Busnello e aguardava deferimento da Justiça. Na solicitação, a empresa afirmou que passa por crise econômica e financeira, motivada pela redução de investimentos estrangeiros, somada à limitação de orçamento dos órgãos públicos.
"Haja vista os cortes orçamentários e limitação de novas licitações, bem como atraso no pagamento dos contratos públicos em andamento", conforme trecho da decisão.
A Toniolo, Busnello participa de obras privadas e públicas no Rio Grande do Sul. Entre elas, a RS-118 e o Pontal do Estaleiro. Para o colunista Jocimar Farina, o diretor Humberto Busnello informou que as obras que tiverem recursos financeiros seguirão normalmente mesmo durante o processo de recuperação judicial. O Pontal tem dinheiro garantido e continua, já a RS-118 terá paralisação.
O total de dívidas da construtora supera R$ 153 milhões. Com a autorização judicial, estão suspensas as ações e execuções contra as empresas por 180 dias. O procedimento é padrão em recuperação judicial, para dar um fôlego para a empresa organizar as finanças enquanto elabora o plano que será apresentado aos credores.
Os credores têm 15 dias para apresentar os débitos. Já para a construtora, o prazo é de 60 dias para disponibilizar o plano de recuperação judicial, que será avaliado e precisa ser aprovado pelos credores para ser executado. Se não, a recuperação judicial é transformada em falência.
Diretor-técnico da Melnick Even, Rubem Piccoli entrou em contato com a coluna para reforçar que a Toniolo, Busnello é uma fornecedora contratada para a obra do Pontal. A construtora faz atualmente o serviço de terraplenagem do local. Segundo Piccoli, o contrato representa apenas cerca de 1% do total do investimento, em Porto Alegre. O pagamento é feito por Melnick e Engenhosul e, como o diretor Humberto Busnello havia salientado, não há risco para o serviço.
A SVB Par também procurou a coluna para dizer que a Toniolo, Busnello é fornecedora e que a situação não compromete a obra. "O empreendimento é liderado pela SVB Par e assessorado pela Tecplan Engenharia. A obra será feita pelo consórcio formado pela Engenhosul, renomada construtora do setor, e pela Melnick Even, sócia da SVB Par na torre do complexo", informa em trecho de nota.