A China respondeu por 29,1% de toda a exportação do Rio Grande do Sul em 2018. Foram US$ 6,12 bilhões, o que representou um aumento de 14,2% sobre 2017.
O mercado chinês deixou os demais destinos das exportações gaúchas bem para trás. Destaque para Argentina, que enfrenta uma crise e ficou com 6,97% de participação, e Estados Unidos, respondendo por apenas 6,26% das compras externas de produtos do Rio Grande do Sul.
Analisando os resultados do Ministério do Desenvolvimento junto com a coluna Acerto de Contas, o economista-chefe da CDL Porto Alegre acredita que a tensão comercial entre Estados Unidos e China trouxe demanda chinesa para produtos brasileiros. Oscar Frank cita como destaques os embarques de soja e derivados; carnes; celulose; além de máquinas e equipamentos.
Holanda (8,67%) e Panamá (6,42%) também tiveram participações expressivas nos dados. No entato, o resultado é inflado pela exportação de plataformas de petróleo sem que a mercadoria saia do Brasil. É apenas uma operação contábil. Faz parte do Repetro, um regime que dá tratamento tributário diferenciado às empresas estrangeiras que investem no setor de óleo e gás. Então, subsidiárias da Petrobras no exterior realizam a compra do equipamento e, depois, a matriz arrenda a plataforma para uso no próprio Brasil.
Fechamento 2018
O Rio Grande do Sul exportou US$ 21,013 bilhões em 2018. Houve um aumento de 18,17%.
Ao mesmo tempo, importou US$ 11,28 bilhões. Alta de 13,69%. Com isso, teve um superávit de US$ 9,733 bilhões.
— O Rio Grande do Sul é naturalmente superavitário porque exportamos muito commodities, que têm peso considerável nos embarques — conclui o economista Oscar Frank.