O varejo do Rio Grande do Sul vai contratar 6,8 mil trabalhadores temporários para as vendas de Natal. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio, que estima 76,5 mil vagas no país todos.
O Rio Grande do Sul teve o quarto maior número da pesquisa da CNC. Ficou atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Juntos, estes quatro Estados vão corresponder a 55% do total de postos de trabalho.
Em geral, a temporada de contratações ocorre entre os meses de setembro e dezembro, mas o agravamento da crise provocou o adiamento na demanda por trabalhadores, alerta a entidade nacional do comércio. Antes, 24% das vagas eram preenchidas nos meses de setembro e outubro. A partir de 2015, esse percentual caiu para 14%.
"Em contrapartida, o mês de dezembro, que costumava concentrar cerca de 14% das vagas temporárias até 2014, passou, nos três últimos anos, a responder por 26% dos postos de trabalho criados para o Natal. A maior parte das contratações continua ocorrendo em novembro, mês em que o varejo preenche cerca de 60% das vagas oferecidas" - detalha o estudo.
A CNC elevou as previsões para o Natal. A expectativa de crescimento das vendas aumentou de +2,3% para +2,8%. Já a estimativa para a contratação de trabalhadores temporários passou de 72,7 mil para 76,5 mil vagas no país.
- Além da menor pressão sobre a inflação, nos meses de agosto e setembro de 2018, o mercado de trabalho, lastro do consumo no País, registrou os maiores saldos de geração vagas formais em cinco anos. Naturalmente, com a melhora nas expectativas de vendas, a demanda por trabalhadores temporários no varejo deverá crescer - aponta Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação.
O maior aumento nas vendas deverá ocorrer nos segmentos de hiper e supermercados (R$ 12,3 bilhões), lojas de vestuário (R$ 8,3 bilhões) e de artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5,2 bilhões). Juntos, estes ramos deverão responder por cerca de 75% das vendas de Natal deste ano.
Salário
O salário de admissão deverá alcançar R$ 1.211, avançando 2,4% em termos nominais na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior salário deverá ser pago pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.479), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.453).