A bolsa de valores de São Paulo sustenta alta superior a 5% nas últimos horas, após ter chegado a subir mais de 6% na abertura do pregão desta segunda-feira (08). O otimismo gerado pelo resultado do primeiro turno das eleições teve reflexos principalmente nas estatais, com valorizações de até dois dígitos.
Investidores veem com euforia a distância entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Apostam que a política econômica no candidato com mais votos irá priorizar reformas e ajustes de contas públicas.
Apesar de terem alcançado altas mais intensas no início das negociações, destaque para as estatais que registravam os seguintes comportamentos nas ações negociadas na bolsa de valores de São Paulo (B3) no final da manhã:
Cemig +17%
Eletrobras +13%
Banco do Brasil +9,5%
Usiminas +9%
Petrobras +8%
Copel +8%
Diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer também destaca o desempenho dos bancos. Junto com as estatais, são empresas que, em tese, seriam beneficiadas com governos mais à direita:
Brasdesco +10%
Itaú +8%
Santander +8%
- São as tradicionais ações do "kit eleição" - comenta Spyer.
Por outro lado, cai o preço das ações de exportadoras, como Suzano, Gerdau, Klabin e Fibria. A queda do dólar afeta estas empresas. Inclusive a Vale, que é estatal, mas exporta e também acompanha queda de mineradoras no exterior.
O volume negociado na B3 atingiu R$ 12 bilhões pela manhã. A projeção para o dia gira em torno de R$ 42 bilhões, que supera 18 de maio de 2017. Foi quando o mercado reagiu à delação de Joesley Batista, controlador da JBS, envolvendo o presidente Michel Temer.