O Brasil trouxe dois ouros e duas pratas na Olimpíada Internacional de Economia, realizada em Moscou, na Rússia. Além das quatro medalhas individuais, a delegação nacional terminou a competição com a terceira colocação geral por equipes, atrás apenas da Letônia e da Rússia. Levou bronze.
A disputa contou com 65 estudantes do ensino médio de 13 países. Foram distribuídos dez ouros, onze pratas e 17 bronzes, conforme pontuação feita nas provas.
A equipe brasileira de estudantes de ensino médio foi liderada por dois alunos universitários gaúchos e que também são irmãos. Gabriel Weber Zimmermann, de 24 anos, faz Engenharia de Materiais na UFRGS e Raphael Weber Zimmermann, de 25 anos, estuda Economia na UFSC.
Os dois foram responsáveis pela equipe durante a competição em Moscou e também pelo treinamento. Também estão entre os fundadores da Olimpíada Brasileira de Economia. A OBECON é um evento anual gratuito para qualquer escola e foi organizada no Rio Grande do Sul.
- Mesmo assim, a participação das escolas gaúchas foi inferior a de outros Estados - lamenta Daniel Lavouras, engenheiro aeronáutico gaúcho, idealizador de olimpíadas do conhecimento e diretor do Elite, onde foi professor de Gabriel e Raphael.
Os ouros foram conquistados por Rafael Carlini e Marcio Akira Imanishi de Moraes. As pratas vieram com Henrique Lasevicius e Tomas Aguirre Lessa Vaz. Adriano Kenzo Bonara não conseguiu uma medalha individual, mas fez parte da conquista por equipe. Todos estudam em São Paulo.
Como foi a olimpíada
A Olimpíada Internacional de Economia é formada por provas e abordou três temas:
- Economia: com questões discursivas e de múltipla escolha que exigiam soluções argumentativas e cálculos matemáticos.
- Planejamento financeiro pessoal: prova de gestão de uma carteira de investimentos onde era necessário tomar as decisões corretas com base em notícias e conhecimento teórico para arrecadar a maior quantia de dinheiro em sete anos.
- Negócios: montagem de um case de negócios com apresentação para o júri. A equipe brasileira desenvolveu um novo serviço financeiro de um banco russo destinado jovens de 18 e 25 anos, que vivem em grandes metrópoles e com renda mensal em torno de 20 mil rublos (cerca de R$ 1,25 mil).