O segundo semestre começou com inadimplência em queda no Rio Grande do Sul. Houve uma redução de 9,8 mil nomes de gaúchos no cadastro de inadimplentes da Serasa Experian, conforme o recorte regional enviado para a coluna Acerto de Contas.
A taxa de inadimplência entre a população adulta caiu também. Estava em 34,1% em junho e passou para 33,6% da população adulta. É um percentual alto, mas é o terceiro menor do país.
Ainda assim, são 3.018.400 gaúchos com dívidas atrasadas e com o CPF negativado na Serasa. Importante lembrar que inadimplência não é sinônimo de endividamento. A pessoa só torna-se inadimplente quando deixa de pagar a conta e pode, então, ficar com o "nome sujo", como se diz quando é colocada nos cadastros de restrição de crédito.
Segundo dados da Serasa Experian para o país, o número de consumidores inadimplentes em julho atingiu 61,6 milhões. Foi o segundo maior desde o início da série em 2016, já que o recorde ocorreu em junho.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o fraco crescimento econômico contribui para manter em patamares elevados as taxas de desemprego no país e, consequentemente, os níveis recordes de inadimplência do consumidor. Há também a avaliação de que a greve dos caminhoneiros em maio abalou, principalmente, o orçamento de famílias que tem renda baseada no trabalho autônomo.
Ainda falando em termos nacionais, a inadimplência dos idosos, embora não seja a faixa mais elevada, foi a que mais cresceu nos últimos dois anos. A faixa etária mais inadimplente continua sendo a dos adultos entre 36 e 40 anos, com 47,2% dos brasileiros inadimplentes.