Um indicador novo da Fundação de Economia e Estatística aponta o potencial poluidor de municípios no Rio Grande do Sul. Aliás, o estudo apontou ainda um crescimento da dependência das atividades poluidoras entre 2002 e 2015 no Estado e ainda do volume de produção potencialmente poluidora .
A lista de municípios considera as atividades nos municípios e o peso delas dentro do Estado, explica a economista Cristina dos Reis Martins, do Centro de Estudos Econômicos e Sociais da FEE. O ranking abaixo elenca os municípios mais críticos em relação ao potencial poluidor no Rio Grande do Sul:
1 - Canoas
2 - Triunfo
3 - Caxias do Sul
4 - Gravataí
5 - Rio Grande
6 - Porto Alegre
7 - Santa Cruz do Sul
8 - Erechim
9 - Bento Gonçalves
10 - São Leopoldo
Considerando os cinco primeiros da lista, Canoas tem o impacto da indústria metalúrgica. Triunfo tem o polo petroquímico. Caxias do Sul tem uma indústria metalmecânica forte. Já Gravataí tem a indústria química e automotiva como destaque. Rio Grande ainda tinha atividade forte do polo naval em 2015, ano da pesquisa.
— Em 2015, quase a metade dos municípios gaúchos (242) dependia de indústrias com alto potencial poluidor, enquanto apenas 25 municípios (5%) concentravam indústrias com baixo risco ambiental. Outra informação é que estes dez municípios concentram 59,5% do volume de todo o Estado - detalha a pesquisadora da FEE.
Os dados estão disponíveis no aplicativo InppVis. Para medir o potencial poluidor das atividades industriais no Rio Grande do Sul foi necessário obter um índice capaz de sintetizar, ao longo do tempo, tanto a intensidade das atividades econômicas industriais desenvolvidas, quanto o volume produtivo delas.