É esperada para maio a chegada ao Brasil dos lotes de espumante gaúcho que estavam no fundo do mar na França. Segundo o superintendente do Grupo Miolo, Adriano Miolo, estão sendo encaminhadas questões burocráticas de transporte da bebida, o que adiou a previsão de volta das garrafas ao país.
Ainda não foram definidos o preço de venda e a embalagem, que será especial. Serão 500 garrafas, que devem ser vendidas principalmente para colecionadores.
O espumante foi produzido no Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul. A bebida foi envelhecida em cave submersa. A empresa é a primeira do Brasil a usar o método. Foram 12 meses de imersão das garrafas do espumante Miolo Cuvée Brut no mar da região de Bretagne, na França.
As garrafas foram mantidas em contato com as temperaturas do mar, que ficam entre 11°C e 13 °C. Uma cave submarina tem as condições ideais para o envelhecimento de vinhos, que são escuridão, umidade total, temperatura e pressão constante.
— Um rótulo submerso apresenta até dez vezes mais compostos moleculares do que o envelhecido aos moldes tradicionais. São compostos responsáveis pela formação dos aromas e da complexidade da bebida. Em provas às cegas, os resultados mostram que os espumantes apresentam sabor mais rico e floral, complexidade, frescor e apuradas notas de manteiga e castanha — detalha o superintendente.
Uma entrevista com Adriano Miolo, sobre a excelente safra de uva e o mercado do vinho, será veiculada nesta semana pela coluna Acerto de Contas. Acompanhe no programa Gaúcha Atualidade de sexta-feira (09), Superedição de Zero Hora no final de semana e também no programa Acerto de Contas, às 9h de domingo, na Rádio Gaúcha.