Definitivamente, os ovos "cala a boca" estão perdendo espaço nas prateleiras. Presidente da Associação Gaúcha de Supermercados chama assim aqueles ovos de chocolate pequenos com os brinquedinhos e que ficavam em locais bem visíveis, como no caixa.
— Os pais compravam para as crianças pararem de gritar. Mas hoje as crianças estão muito mais articuladas e convincentes. Não gritam mais — comenta o presidente da AGAS.
Pela segunda Páscoa consecutiva, a indústria reduziu drasticamente o lançamento destes produtos. A devolução tem sido grande.
O licenciamento dos personagens deixa o ovo de Páscoa infantil muito caro. As barras de chocolate, então, assumiram o papel de contentar as crianças.
Ovos menores
Para caber no bolso do consumidor e não passar a barreira dos R$ 20, as indústrias reduziram o tamanho dos ovos de Páscoa. Os mais vendidos ficam dentro desta faixa de preço e terão menos de 200g de peso.
O grama do chocolate ficou cerca de 6% mais caro neste ano em relação à Páscoa passada, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados. O aumento parece baixo, mas é o dobro da inflação.
Faturamento
Os supermercados do Rio Grande do Sul projetam vender 8,8 milhões de ovos de chocolate, com um faturamento de R$ 129 milhões. E mais 6,1 milhões de caixas de bombons, que somariam R$ 37 milhões.
Confirmados estes números, o faturamento seria 8% superior à Páscoa do ano passado. Só que as vendas foram muito ruins em 2017, que teve queda de 12% em relação ao ano anterior.
— Se crescermos o previsto, voltamos ao patamar de três anos atrás — lembra o presidente da AGAS, Antônio Cesa Longo.
A Páscoa é a segunda de maior venda no ano para supermercados. Só perde para o Natal.