A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados comemora o destravamento das relações comerciais do setor com o Equador. Há quatro meses, o país estava restringindo a a importações de calçados brasileiros. Argumentando dúvida sobre a classificação de origem, cobrava sobretaxa de 10% mais US$ 6 por par.
— Na realidade, se tratava de uma retaliação em função de um problema comercial relativo às bananas equatorianas, que estavam sendo barradas por questões sanitárias - diz o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein.
Segundo a entidade, os quatro meses foram suficientes para travar a venda de 700 mil pares de calçados. Representam algo em torno de US$ 7 milhões. A Abicalçados buscou apoio de ministérios brasileiros, como da indústria, agricultura e relações exteriores.
O Equador é um mercado importante para o calçado brasileiro e que vem, nos anos recentes, aumentando suas importações do produto. Mesmo com as barreiras recentes, foram exportados para lá, de janeiro a novembro de 2017, mais de 2 milhões de pares que geraram US$ 24,65 milhões, valor 107% superior ao registrado no mesmo período de 2016.