O setor do franchising já sentiu menos a crise do que os negócios no geral. Para 2017, o alvo é um crescimento de dois dígitos. Presidente da Associação Brasileira do Franchising, Altino Cristofoletti Junior fala em aumento de 8% a 10% do faturamento das franquias brasileiras na comparação com 2016.
O balanço do terceiro trimestre foi divulgado nesta quinta-feira aqui na Bahia, onde acontece a convenção do setor. Houve um avanço de 7,8% sobre o mesmo período do ano passado, um crescimento que chega a ser o triplo da inflação do período. O faturamento alcançou R$ 41,850 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre de 2017, o aumento foi de 11,4%.
Os motivos são os mesmos apontados para uma retomada da economia no geral. São eles: redução de juros, baixa inflação, leve redução do desemprego e queda nos preços dos alimentos, o que deixa mais espaço no orçamento das famílias para outros gastos.
Um ponto interessante levantado é que alguns resquícios da crise estão ajudando a expansão das marcas que atuam com franquias. O principal é o preço reduzido e a possibilidade maior de negociação com o setor imobiliário. Os pontos comerciais ficam mais acessíveis para quem quer abrir um negócio.
Ainda assim, a interiorização tem sido uma aposta forte das marcas. Diretora da Associação Brasileira do Franchising na Região Sul e dona da Caverna do Dino, Fabiana Estrela observa isso inclusive no Rio Grande do Sul.
- As pessoas estão buscando mais qualidade de vida e segurança no interior. Percebemos isso no consumidor e também em quem quer abrir uma franquia. É um caminho sem volta – comenta a empresária.
Conforme o levantamento da ABF, Porto Alegre é a oitava no ranking com mais franquias no país. A cidade tem 1.362 unidades, o que significa um aumento de 9% na comparação com o ano passado.
* A coluna Acerto de Contas viajou para a Bahia a convite da ABF para cobertura da convenção do setor.