Em 1º de setembro, a Procuradoria Geral da República (PGR) manifestou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer favorável à libertação do baiano Cleriston Pereira da Cunha, mantido em prisão preventiva desde o dia 8 de janeiro. Ou seja, no entendimento do Ministério Público – a quem cabe o papel de acusador – não havia razão objetiva para manter “Clezão” encarcerado preventivamente. Nem ele nem vários outros brasileiros que a PGR já informou ao tribunal. No caso de Cleriston, havia um sentido de urgência urgentíssima: laudos médicos comprovando o delicado estado de saúde dele, com risco de morte no cárcere. O próprio Cleriston, de viva voz, havia contado a representantes do Ministério Público e do STF, em junho, sobre seus desmaios e vômitos, seu quadro de “vasculite”, os atendimentos que precisou receber na prisão e a medicação controlada de que dependia para enfrentar diabetes e hipertensão – tudo agravado, acrescento eu, pela privação da liberdade, a saudade do convívio com a esposa e as filhas e a angústia de saber que ele, como muitos outros, não teriam um julgamento justo.
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Opinião
Clezão e o carrasco
Cleriston encontrou a libertação quando tombou no banho de sol da papuda
Eugênio Esber