A notícia da morte de Marcelo Pecci, promotor paraguaio chefe de unidade que combate o crime organizado no país, chocou o Paraguai. Ele foi assassinado a tiros nesta terça-feira (10) em Cartagena, na Colômbia, onde estava em lua de mel com a esposa.
A reação foi imediata. As maiores autoridades do Paraguai se manifestaram. O presidente, Mario Abdo Benítez, disse que "a execução foi covarde e que governo seguirá na luta contra o crime organizado".
Pecci foi morto a tiros enquanto estava na praia. Duas pessoas se aproximaram em um jet-ski abriram fogo contra o promotor. Horas antes do crime, sua esposa Claudia Aguilera havia anunciado que esperava o primeiro filho do casal.
Responsável pela unidade que investiga o crime organizado no Paraguai, Pecci atuou em casos de organizações ligadas ao narcotráfico e a lavagem de dinheiro. Uma equipe especial já foi designada pelo governo paraguaio para investigar o assassinato, e terá o apoio de autoridades da Colômbia e agentes federais dos Estados Unidos.
Pecci ficou conhecido como o promotor do caso Ronaldinho Gaúcho, quando o ex-atleta ficou preso durante quase meio ano em Assunção. Em 2020, a sua imagem ganhou as manchetes do país por causa da repercussão da investigação.
Naquele ano, eu estive no Paraguai fazendo a cobertura da prisão e conversei diversas vezes com ele. Em uma destas conversas, fiz uma entrevista ao vivo durante o programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, de dentro do Palácio da Justiça do Paraguai.
Sempre solícito e educado, foi extremamente gentil em todos os contatos, inclusive com informações passadas pelo whatsapp.
O fato é que depois daquele caso, o promotor se destacou no combate ao narcotráfico e crime organizado. Por isso, a comoção no Paraguai.