Após a derrota do Grêmio para o Sport no domingo (3), fiz uma consideração na Rádio Gaúcha sobre a entrevista do vice de futebol Marcos Herrmann, alvo de duras críticas em redes sociais. Me parece injusto com o dirigente que sempre ele precise dar explicações em coletivas depois dos jogos.
Ele está muito longe de ser o responsável pela situação do time, já que assumiu o cargo no final de abril, e os problemas que estão estourando agora já vêm de algum tempo.
Pois dentro de campo, um jogador também foi duramente cobrado na Arena no domingo. Everton Cardoso, que entrou em campo aos 30 minutos do segundo tempo contra o Sport, ouviu uma forte vaia quando pisou no gramado. Também não é ele o culpado.
Em 2021, disputou apenas cinco partidas, com 194 minutos em campo. Se o atacante recebe um salário alto, é porque a direção concordou. O jogador ficou afastado, por opção do clube, por 60 dias. Treinou, dedicou-se e aguardou a sua oportunidade. Agora, para o jogo contra o Cuiabá, nem foi relacionado.
O problema do Grêmio é bem mais amplo. Na minha opinião, existem três fatores principais. O primeiro é o final do ciclo vitorioso, onde jogadores consagrados não conseguem mais atuar. Depois, os vários erros de reposição aos atletas que saíram. A lista é grande, e tem nomes como Vanderlei, André, Robinho, Thiago Neves, Diego Tardelli, Diogo Barbosa e outros. O próprio Everton foi um jogador que não deu certo.
E, para fechar, um outro problema foi a demora para contratar em 2021. Villasanti e Campaz são reforços importantes, mas poderiam ter chegado antes.