
Edinson Cavani, uma das maiores estrelas do futebol mundial, vive um momento de enorme expectativa com a novela sobre a definição do seu futuro. Após sair do PSG, teve propostas de Atlético de Madrid e Benfica. No momento, existe chance de negociação com a Juventus, mas a possibilidade, mesmo que remota, de ter uma proposta do Grêmio causou furor entre os torcedores.
Se o improvável acontecer e Cavani desembarcar na Arena, ele vai reencontrar um zagueiro que lhe deu muito trabalho: David Braz. O encontro entre os dois foi no dia 23 de janeiro de 2007, no Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção. Eu estava lá, fazendo para a Rádio Gaúcha a cobertura do Sul-Americano Sub-20, que valia vaga para a Olimpíada de 2008, em Pequim.
O jogo foi pela terceira rodada do hexagonal final do torneio. O Brasil tinha um time badalado, com nomes como Cássio, Lucas Leiva, Luiz Adriano e Pato. Na época, David estava no Palmeiras e teve a missão de marcar Cavani, que tinha sido vendido do Danúbio-URU para o Palermo-ITA e chamou a atenção dos olheiros europeus no torneio.
Em campo, a seleção brasileira dominou completamente os uruguaios. Logo aos 15 minutos, Pato acertou a trave, Lucas Leiva pegou o rebote e deu passe para David Braz marcar o gol que abriu o caminho para a vitória por 3 a 1.
Pato e Kagelmager (contra) ampliaram a vantagem. Durante praticamente todo o jogo, o hoje zagueiro do Grêmio conseguiu controlar Cavani, que descontou só aos 36 minutos do segundo tempo.
No final do Sul-Americano, o Brasil ficou com o título. O Uruguai teve uma grande decepção ao levar um gol da Argentina aos 46 minutos do segundo tempo na última rodada e perder a vaga para a Olimpíada.
Apesar disso, Cavani foi o artilheiro do torneio, com sete gols — seguido pelo chileno Vidal, hoje no Barcelona, com seis gols, e Pato, que recentemente saiu do São Paulo, com cinco gols.