Nesta quinta-feira (11), o programa Gaúcha Atualidade entrevistou Daniel Salinas, Ministro da Saúde do Uruguai, sobre o exemplar trabalho estratégico de combate ao coronavírus. No final da conversa, o apresentador Daniel Scola agradeceu o bate-papo, e o uruguaio, de maneira muito gentil, falou sobre a ligação entre o seu país e o Rio Grande do Sul. E ainda fez uma brincadeira, com a seguinte pergunta: "Quantas Copas teríamos se estivéssemos juntos?".
A entrevista terminou de maneira descontraída. E o suficiente para provocar um ótimo debate. Claro que é uma situação impossível, mas o futebol tem destas coisas de se tentar montar seleções imbatíveis, juntando por vezes até jogadores de épocas diferentes.
Então vamos lá. A primeira coisa que pensei nesta hipotética união de Uruguai e Rio Grande do Sul é na Libertadores. Somando os títulos, teríamos 13 conquistas da principal competição da América do Sul. A lista teria Peñarol (5), Nacional (3), Grêmio (3) e Inter (2). Só ficaríamos atrás de Argentina (25 títulos) e Brasil (14 títulos, descontadas as 5 taças da dupla Gre-Nal).
Mas o mais impressionante é quando se pensa em Mundial de Clubes. Seriam 8 títulos, com Peñarol (3), Nacional (3), Grêmio (1) e Inter (1). Em todo o mundo, ficaríamos atrás apenas de Espanha (11), Argentina (9) e Itália (9).
Uruguai e Rio Grande do Sul juntos seriam uma potência do futebol mundial. Mas na Copa do Mundo como seria? Vale lembrar que os uruguaios foram campões mundiais em 1930 e 1950.
Com o acréscimo de jogadores gaúchos, seria possível pensar em mais títulos? Em 1986, o Uruguai tinha Francescoli como seu grande nome e parou na Argentina nas oitavas de final. Naquele ano, poderíamos ter colaborado com Renato Portaluppi, Mauro Galvão e Branco. Mesmo com Maradona no auge, será que a história não poderia ser diferente? No final, em um jogo duríssimo, os argentinos venceram por 1x0.
Em 1990, nova eliminação nas oitavas de final, desta vez para a anfitriã Itália. Neste Mundial, Taffarel e Dunga poderiam colaborar na equipe que já tinha Óscar Tabárez como técnico.
Depois disso, a geração dos últimos anos empolgou. Em 2010, o Uruguai fez a sua última grande campanha em um Mundial, terminando em 4° lugar. Uma seleção que tinha nomes como Lugano, Godín, Lodeiro, Cavani, Suárez e Forlán. Naquele ano, o nosso estado poderia acrescentar Ronaldinho Gaúcho, Maicon e Michel Bastos.
Em 2018, Douglas Costa e Taison também poderiam jogar. Se o resultado seria diferente, não sabemos, mas o fato é que seria uma seleção com acréscimos importantes. Para a casamata, além de Tabárez, teríamos Felipão, Dunga, Tite e Mano Menezes, todos gaúchos em com passagem pela Seleção Brasileira.
Após divagar sobre esta imaginária seleção, só me restam duas coisas. Parabenizar o ministro Daniel Salinas pelo trabalho no Uruguai e agradecer pela sugestão do ótimo debate.