Ronaldinho e Assis estão desde a noite de terça-feira (7) hospedados no Hotel Palmaroga, em Assunção. A saída depois de 32 dias na prisão ocorreu após a decisão do juiz Gustavo Amarilla, que aceitou os argumentos dos advogados de defesa e concordou com a transferência para a prisão domiciliar. Além disso, os irmãos Assis Moreira tiveram que depositar no Banco Nacional de Fomento (BNF) caução no valor de US$ 1,6 milhão (cerca de R$ 8,3 milhões).
Esta quantia saiu de uma conta que Ronaldinho tem na Europa. O detalhe é que o valor poderá voltar para a família Assis Moreira. O advogado Sérgio Queiroz, que segue no Paraguai cuidando da estratégia de defesa, explica a situação:
— O dinheiro, ao final do processo, será devolvido. Somente ficaria com a Justiça paraguaia em caso de fuga — explicou Queiroz.
Por enquanto, o Ministério Público não passa muitas informações sobre o andamento das investigações, portanto é difícil projetar o prazo para o final do processo. Em uma entrevista para o jornal ABC Color, o promotor Marcelo Pecci revelou que existem "suspeitas importantes" que Dalia López lidera uma organização criminosa que produz documentos falsos para criar empresas que fazem negócios ilícitos. Dalia, empresária paraguaia que segue foragida, foi a responsável pela intermediação da entrega dos passaportes falsos dos irmãos Assis Moreira e pelo convite para eles visitarem o país.
Sobre o valor de R$ 8,3 milhões que está à disposição da Justiça paraguaia, ainda será preciso observar um outro detalhe. Pelo uso de documentação falsa, o que já foi admitido pelos irmãos, a pena poderá ser o pagamento de multa. Neste caso, a quantia da fiança poderá ser utilizada para resolver esta situação.