No final da tarde desta terça-feira (7), a equipe de defesa de Ronaldinho e Assis conseguiu a transferência dos irmãos para a prisão domiciliar. A partir de agora, o novo endereço deles será o Hotel Palmaroga, na região central de Assunção. Ronaldinho ficará no apartamento 104, e Assis no 106.
Após a audiência de revisão, que foi realizada no Palácio da Justiça, o advogado gaúcho Sérgio Queiroz foi direto para o presídio conversar com os irmãos Assis Moreira e tratar dos detalhes burocráticos de saída da Agrupación Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, onde eles estavam presos desde 6 de março.
De dentro da prisão, Sérgio Queiroz atendeu GaúchaZH. Ele, que está em Assunção desde o início do caso, revelou os próximos passos tara tentar tirar Ronaldinho e Assis do Paraguai.
— Conseguimos o que era possível nesse momento de quarentena, que era a prisão domiciliar. Desde a semana passada já tínhamos a certeza do resultado positivo da perícia dos telefones, que não apontou qualquer tipo de ilícito dos dois. Então trabalhamos pela prisão domiciliar. Esse primeiro passo muito importante foi obtido e agora trabalharemos na saída definitiva deles — contou.
Sérgio ressaltou que o recesso no judiciário paraguaio por conta da pandemia de coronavírus segue atrapalhando as estratégias de defesa.
— O judiciário ainda está de recesso. Em princípio, até a próxima segunda-feira. Nesse período, os recursos não têm como ter curso. Eles estão impossibilitados de serem apreciados pelo tribunal. Vamos trabalhar com outras situações para tentarmos abreviar isso o mais rápido possível porque esta claro que o único delito existente foi a utilização do passaporte com conteúdo falso, mas não houve má-fé, os dois foram enganados. Eles acreditavam que os documentos estavam corretos — destacou.
Ronaldinho e Assis poderão circular pelo hotel, que contará com um policial na única saída do local. Além disso, o defensor contou que os dois foram bem tratados na prisão paraguaia, mas só ficarão felizes quando a situação for resolvida.
— Eles estão satisfeitos, mas felizes só vão estar quando tiverem efetivamente resolvido esta situação. Continuamos com a sensação que essa prisão é injusta, ilegal e abusiva. E o relaxamento demonstra isso. Vamos tratar para solucionar isso e restabelecer a justiça — concluiu.