Nesta sexta-feira (15), presidentes de oito clubes se reuniram na sede da Fifa, em Zurique (SUI), e anunciaram a criação da Associação Mundial de Clubes, com representantes de todos os continentes. A primeira missão do grupo de trabalho será tratar de todas as questões relacionadas ao formato do novo Mundial de Clubes, que será disputado em 2021, na China.
O presidente da associação será Florentino Pérez, do Real Madrid. Também participaram do encontro os presidentes de Milan (Itália), Boca Juniors (Argentina), River Plate (Argentina), América (México), Guangzhou (China), Mazembe (Congo) e Auckland (Nova Zelândia).
O que chama a atenção é que nenhum clube brasileiro foi convidado. Em contato com diretores da Conmebol, a informação que me foi passada é que a iniciativa do projeto foi de Florentino Pérez, e que ele iniciou os contatos para a reunião. A ideia foi reunir os clubes mais influentes de cada continente.
No caso da América do Sul, a avaliação é de que River Plate e Boca Juniors são os clubes mais indicados para representar a associação neste primeiro momento. Assim, Grêmio e Inter ficaram de fora. Mas o que surpreende mesmo é a ausência do Flamengo, clube de maior torcida na América do Sul, e de maior poder de investimento do continente.
De qualquer maneira, o discurso é de inclusão. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, que recebeu os representantes do clubes, disse que é preciso "escutar a voz das equipes de todos os continentes", e que o seu objetivo é que "no futuro 40 ou 50 clubes de diferentes partes do mundo possam ter a ambição legítima de ganhar o Mundial da Fifa".