Valorizado pela sua grande fase no Grêmio, e badalado pelo seu momento como titular da Seleção Brasileira, Everton está nos holofotes da mídia brasileira e do Exterior. Por enquanto, nenhuma proposta foi confirmada oficialmente. Mas pela visibilidade com a Copa América que está fazendo, é bem provável que em breve a primeira oferta seja apresentada.
E aí que entra uma questão importante, que é o percentual que o Grêmio tem nos direitos econômicos de Everton. Como a coluna antecipou, este percentual é de 50%. Chegou a ser de 70% quando ele foi comprado do Fortaleza, por apenas R$ 300 mil. Mas a direção negociou 20% com empresários. E isso não foi agora.
No Balanço Patrimonial de 2016 do Grêmio, publicado no site oficial do clube no dia 1° de maio de 2017, já constava o percentual de 50% dos direitos econômicos do atacante. E o percentual segue o mesmo.
Só que há um detalhe importante sobre isso. Se Everton for vendido, não necessariamente o Grêmio receberá metade do valor. O clube tem uma estratégia de negociação. Existem os direitos federativos e econômicos do atleta. Dos direitos federativos, o Grêmio é dono de 100%. Ele está registrado pelo clube, que define se ele sai ou não. A não ser que alguém pague a multa rescisória de 80 milhões de euros. Sem este pagamento, é preciso fazer a negociação, e aí que o clube fica fortalecido.
O que a direção pretende fazer é colocar um preço pela sua parte. Por exemplo, o clube poderá pedir 40 milhões de euros pelos seus 50% dos direitos econômicos. E o clube interessado em fazer a contratação que acerte o valor, que poderá ser outro, com as outras partes envolvidas que tem o restante dos direitos econômicos.
Desta maneira, o Grêmio, não necessariamente, vai receber metade do valor de Everton, se ele for vendido. Se for, com certeza será a maior negociação da história do futebol gaúcho.