A absurda expulsão do zagueiro Dedé na vitória do Boca Juniors contra o Cruzeiro está ganhando as manchetes do mundo. É difícil acreditar que, mesmo com o VAR, a arbitragem possa ter errado desta maneira.
Mas a verdade é que o fato não chega a ser uma grande surpresa. O Boca Juniors é o clube mais beneficiado da história da Libertadores. E basta apenas lembrar de confrontos diante de equipes brasileiras.
Em 2000, o Palmeiras enfrentou os argentinos na final. E até hoje reclama de dois pênaltis não marcados no Morumbi.
No ano seguinte, na semifinal, também contra o Palmeiras, o problema foi um pênalti totalmente discutível a favor do Boca.
Em 2013, foi a vez do Corinthians sofrer. Nas oitavas de final, a partida do Pacaembu ficou marcada por pelo menos um pênalti não marcado e um gol mal anulado a favor dos paulistas.
Isso sem contar a complacência do normalmente rigoroso Tribunal de Penas da Conmebol em casos de confusão na Bombonera.
O que ocorreu é só mais um exemplo de como a Conmebol trata os argentinos, especialmente o Boca. Além disso, a relação da CBF já está estremecida com a alta cúpula do futebol sul-americano após a traição do presidente Antônio Carlos Nunes, que contrariou um acordo prévio e votou na candidatura de Marrocos para sediar a Copa de 2026.
O Grêmio, praticamente classificado para as semifinais, terá que ficar muito atento se pegar o Boca Juniors na grande final.