O recente escândalo de corrupção na Fifa, que atingiu a CBF com a prisão de José Maria Marin nos EUA e a exclusão de Marco Polo Del Nero do futebol, trouxe uma situação no mínimo inusitada. Hoje, a entidade tem três presidentes. Dois estão na Rússia.
O primeiro é Antônio Carlos Nunes, que vai completar o mandato até abril de 2019 e irá representar a CBF no Congresso da Fifa nesta quarta-feira (13), em Moscou.
O segundo é Rogério Caboclo, atual diretor-executivo e presidente eleito, que vai tomar posse no ano que vem. Caboclo está inclusive chefiando a delegação da Seleção Brasileira em Sochi.
Mas e o terceiro? Ele mesmo, Marco Polo Del Nero, o presidente afastado. Mesmo banido do futebol e sem poder deixar o país, continua dando as cartas. Do Brasil, ele define os rumos da nosso futebol.
A CBF, através de uma decisão em conjunto com a Conmebol, vai votar na candidatura tripla de EUA, Canadá e México para sediar a Copa de 2026. A essa altura do campeonato, não é interessante desagradar as autoridades americanas. Assim, por incrível que pareça, temos dois presidentes na Rússia, mas quem manda está no Brasil.