O Comitê Disciplinar da Fifa divulgou um importante comunicado nesta terça-feira. A partir de agora, os jogadores novamente não são considerados "terceiros", e podem ser detentores de parte dos seus direitos econômicos.
Essa notícia vem em boa hora, especialmente para os clubes sul-americanos. No nosso caso, alguns atletas da dupla Gre-Nal tem percentual de direitos econômicos. Aqueles que tinham este acerto antes da vigência do TPO (Third-Party Ownership), a lei de terceiros que vetava essa prática, estavam tranquilos. Já os clubes que adotaram essa estratégia depois disso, sofriam marcação da Fifa, que já estava aplicando punições com multa pesada para algumas equipes.
A avaliação de especialistas em transferências internacionais é de que os times agora podem ficar tranquilos, e ganham força extra na negociação e renegociação dos contratos de trabalho com seus atletas, podendo oferecer percentual dos direitos.
Em um primeiro momento, isso pode parecer estranho, porque o clube não fatura a totalidade do valor em uma futura venda. Mas no futebol de hoje, quem não oferece isso, não consegue segurar jogador. Melhor ter parte de um atleta, do que perder ele de forma precoce.
Portanto, vamos continuar vendo no Rio Grande do Sul esta prática. Grêmio e Inter, agora com a liberação oficial, poderão "fatiar" o percentual de jovens revelações.
A partir de agora, a briga da Fifa será somente com os investidores que usam clubes "alugados" por fundos de investimento para fazer negócios no mercado do futebol.