O trabalho do VAR no empate em 1 a 1 entre Grêmio e Fortaleza deve servir de modelo para o Brasileirão. A árbitra de vídeo Daiane Muniz foi precisa em duas decisões capitais equivocadas tomadas por Raphael Claus no primeiro tempo. Em ambas, o juiz principal foi chamado no monitor à beira do gramado e modificou as marcações feitas inicialmente no campo.
O primeiro lance foi uma típica situação mão na bola com movimento antinatural em ação de bloqueio. A cartilha perfeita para a marcação de um pênalti. Depois de um cruzamento para a área do Grêmio, o lateral-esquerdo Reinaldo bloqueou a bola com o braço direito aberto. O jogador assume o risco de cometer a infração. Algo com alguma semelhança com o que ocorreu no jogo entre Grêmio e Corinthians, mas dessa vez a decisão final foi correta.
É para isso que existe o VAR. Para interferir em jogadas claras e óbvias como o pênalti cometido por Reinaldo neste sábado (30). A ação correta de Daiane Muniz evitou um erro escandaloso da arbitragem, de acordo com o que foi possível detectar nas imagens.
A outra interferência ocorreu no pênalti marcado em favor do Grêmio logo na sequência da partida. Cristaldo recebeu um pisão no tornozelo após ganhar disputa com Benevenuto. O meia chegou primeiro na bola e foi atingido. A infração foi bem marcada a partir da interferência do VAR e o amarelo bem aplicado para o defensor. Isso porque o pisão foi na direção do solo.
Importante dizer que o gol marcado por Suárez no segundo tempo foi validado corretamente no campo, mas contou com a checagem da árbitra de vídeo para ratificar a condição legal do centroavante em uma jogada bastante ajusta. Portanto, quando alguém perguntar o que se espera do VAR, pode dizer que esse jogo no Castelão foi um bom parâmetro para a resposta.