Nada foi mais polêmico e mais debatido na fase de grupos da Copa do Mundo do Catar do que o gol que garantiu a vaga do Japão às oitavas de final. O lance gerou dúvidas. Muita gente questionou a validação do lance. Sabe de quem é a culpa? Da Fifa.
Vou explicar. A entidade máxima do futebol levou quase 24 horas para divulgar um vídeo que pudesse explicar e respaldar a decisão tomada pela cabine do VAR. Essa imagem chegou a ser apresentada rapidamente na transmissão, mas sem o melhor enquadramento.
Seria pedir demais que isso fosse apresentado durante a partida para esclarecer a correção da decisão de forma imediata? Claro que não. A Fifa errou na geração do conteúdo e alimentou as dúvidas.
Isso porque todas as imagens que passavam a impressão de que a bola havia saído circularam exaustivamente no período antes da entidade se posicionar com o uso do vídeo certo.
No fim das contas, o gol do Japão foi legal. A bola não saiu. É possível confirmar isso olhando o lance pela câmera colocada exatamente na linha de fundo, especialmente no vídeo divulgado pela Fifa no dia seguinte ao jogo. A bola está tangenciando a linha.
Esse lance é o fato da arbitragem até aqui na Copa do Catar. Um gol que colocou o Japão em primeiro, a Espanha em segundo e tirou a Alemanha da competição. Um gol que só foi validado graças ao uso da tecnologia.
Só que quem usa a tecnologia não pode esquecer que o futebol é feito para o público. O torcedor é a razão de uma Copa do Mundo. Não adianta ter o recurso capaz de perceber que a bola ficou um milímetro sobre a linha se a transmissão do jogo não tiver acesso às imagens. Isso é algo que a Fifa precisa corrigir nas próximas fases do Mundial.