A partir do momento em que a bola rolou no duelo entre Catar e Equador na abertura da Copa do Mundo, a grande expectativa era pelo primeiro gol da competição. Isso não demorou muito para acontecer. Valência marcou logo aos dois minutos de partida, mas a festa equatoriana foi interrompida. O impedimento semiautomático roubou o protagonismo do lance.
O gol do Equador foi anulado por posição irregular de Kevin Rodríguez. O lance causou polêmica por ser atípico. Isso porque o goleiro trocou de posição com o defensor ao sair para tentar afastar a bola e se tornou o penúltimo defensor, ou seja, o homem base para a linha do impedimento. Sem falar que foi um impedimento de meia perna.
Quem acompanhava a transmissão com imagens não conseguiu perceber a infração em um primeiro momento. Esse foi o ponto negativo do uso do impedimento semiautomático. Um dos grandes ganhos que a ferramenta promete é ter a capacidade de gerar uma representação 3D do lance e mostrar claramente onde ocorreu a infração. Isso tende a simplificar decisões mais complexas.
Só que na situação em questão, a representação 3D demorou quase 10 minutos para ser mostrada para quem estava no estádio ou para quem assistia ao jogo pela televisão. É muita demora. Algo bem distante do ideal.
O ponto positivo está na agilidade da decisão tomada para um lance tão difícil. Esse é o elogio que precisa ser feito. O italiano Daniele Orsato, árbitro da estreia, modificou rapidamente a decisão do campo a partir da precisa interferência do compatriota Paolo Valeri.
Por fim, cabe enaltecer a boa atuação do juiz e outra decisão técnica importante tomada de forma correta. Falo do pênalti bem marcado que representou o primeiro gol da Copa do Mundo. A arbitragem teve um bom pontapé inicial na vitória por 2 a 0 do Equador contra o Catar.