Mesmo com atuação ruim e derrota por goleada, o maior vexame do Inter no Gre-Nal 436 não foi dentro de campo. A coisa mais lamentável que aconteceu no Estádio Beira-Rio veio das arquibancadas.
Um torcedor colorado arremessou um celular durante a comemoração do terceiro gol do Grêmio e acertou em cheio o rosto de Lucas Silva. Um episódio lamentável e deplorável que estará na súmula do árbitro Jean Pierre Lima.
É inacreditável que alguém tenha a coragem de atirar um objeto do tamanho e do peso de um telefone sem considerar a possibilidade de colocar em risco a integridade física de outra pessoa. Ou seja, quem faz isso sabe que pode machucar alguém com gravidade.
O pior de tudo é que já virou rotina torcedores, tanto de Inter quanto de Grêmio, quebrando cadeiras e promovendo guerras nas arquibancadas. Cansamos de ver imagens de destruição nas dependências do Beira-Rio e da Arena. E não vou nem falar dos episódios condenáveis de violência fora dos estádios em todos os clássicos.
É claro que qualquer fato dessa natureza não pode ser considerado normal. Toda violência precisa ser combatida e punida. Precisamos evoluir como sociedade e não o contrário.
E o que aconteceu no Beira-Rio é um péssimo sinal. Quando a violência ocorre na direção do campo é o sinal de que as coisas passaram de todos os limites. Quem arremessa um celular em jogadores demonstra que não tem a menor preocupação em ser punido.
Quem faz esse tipo de coisa não pode estar no estádio.
Reitero, por tudo estará na súmula, que o Inter dificilmente escapará de uma punição pelo ocorrido. Já houve um posicionamento importante da diretoria colorada, mas algo mais forte precisa ser feito pelo clube. Até porque situações desta gravidade não podem passar despercebidas. É mais um fato triste registrado na história do Gre-Nal.