Dois lances geraram polêmica na derrota do Grêmio, por 1 a 0, contra o Fortaleza, nesta quarta-feira (13), pela 26ª rodada do Brasileirão. O time gaúcho protestou a aplicação de um cartão vermelho no primeiro tempo. Já o time cearense, reclamou de um pênalti na etapa complementar. Os dois lances tiveram checagem do VAR, mas sem interferência nas decisões do campo.
O primeiro lance ocorreu aos 47 minutos da etapa inicial. Robson deu um pontapé por trás na perna de Darlan. O lance é interpretativo. O árbitro Vinicius Gonçalves Dias Araújo estava bem posicionado e mostrou só o amarelo. Creio que o VAR tenha respeitado a decisão do campo justamente por isso. Entretanto, o vermelho direto não seria nenhum absurdo. Vou além e considero que seria o mais correto. Não chego a discutir a ação do árbitro de vídeo, mas creio que a decisão do juiz do campo deveria ter sido outra.
Isso porque Robson não tinha qualquer possibilidade de alcançar a bola. Ou seja, o lance não tem disputa. Além disso, o jogador do Fortaleza chutou o adversário com força demasiada. Para completar, o pontapé foi mais perto do joelho do que do pé. Interpreto essa ação como conduta violenta.
O outro lance ocorreu aos 13 minutos do segundo tempo. Guilherme Guedes atingiu Matheus Vargas dentro da área e o árbitro não marcou nada. O VAR checou o lance e mandou o jogo seguir.
Embora tenha ocorrido o contato, considero que não houve a penalidade. Guedes levantou a perna para a disputa e, na descida, atingiu o calcanhar do adversário. Só que a queda de Matheus Vargas não tem nenhuma relação com a ação do jogador gremista. Tanto que Vargas é atingido, fica em pé para seguir no lance e, com muito atraso, decide dobrar os joelhos e se jogar.
Se o toque de Guilherme Guedes tivesse impedido Matheus Vargas de jogar ou tivesse provocado a queda imediata, a situação seria outra. Não foi o que aconteceu. A consequência do lance não fecha com a causa. Por isso, considero a decisão do campo acertada e o VAR acertou em não interferir.