Embora o jogo pegado e de muita tensão, a arbitragem fez um bom trabalho no Gre-Nal 431, o primeiro confronto das finais do Gauchão. Anderson Daronco conseguiu ter o jogo na mão, controlou boa parte das ações com as advertências verbais e utilizou bem os cartões. Além disso, teve acertos importantes nos lances capitais. Foi preciso nos dois pênaltis reclamados.
O primeiro lance ocorreu ainda na etapa inicial. Daronco não viu penalidade no lance em que Nonato ficou cara a cara com Brenno. Na sequência da jogada, a bola saiu pela lateral e o juiz esperou a checagem do VAR, que mandou o jogo seguir.
Também não vejo um toque do goleiro do Grêmio no jogador do Inter ou algo capaz de motivar a infração. Brenno fecha o espaço e Nonato se movimenta para desviar para prosseguir no lance.
De qualquer modo, disse na transmissão da Gaúcha e repito que esse lance é como olho mágico em porta de vidro. Mesmo que houvesse a ideia de que o pênalti aconteceu, houve uma infração anterior que anularia a marcação. Galhardo estava em posição de impedimento e interferiu claramente atrapalhando Pedro Geromel de disputar a jogada.
No segundo tempo, o Grêmio reclamou pênalti de Moisés em Léo Pereira. O lateral colorado abriu os braços para proteger a bola para a defesa de Marcelo Lomba. Com esse movimento, acabou tocando no rosto do atacante gremista, que desabou no gramado. Não vejo o contato como faltoso pelo impacto mínimo e pelo contexto do lance. Concordo com a decisão de Daronco e creio que o VAR não tinha motivo para interferir na decisão.
Por fim, considero importante ressaltar um acerto de altíssimo grau de dificuldade do assistente Lúcio Flor. Falo do último lance do primeiro tempo. Diego Souza desviou bola de cabeça e deu uma assistência para Matheus Henrique ficar na cara do gol. Cuesta dava condição para o jogador gremista, mas pela velocidade e pela ultrapassagem rápida, essa decisão correta precisa ser registrada.