Foi por detalhe, mas a arbitragem evitou uma lambança na vitória por 1 a 0 do Inter contra o Olimpia pela Libertadores. O experiente Néstor Pitana quase esqueceu de expulsar Yuri Alberto depois de mostrar o segundo amarelo.
O juiz da Fifa chegou a correr na direção do centro do gramado depois de apresentar a advertência para o atacante. Provavelmente, ao ser avisado por algum integrante da equipe de arbitragem, Pitana voltou, mostrou o vermelho e evitou uma grande confusão.
A expulsão de Yuri Alberto é um episódio importante da partida da equipe colorada no Paraguai. O primeiro amarelo foi por tirar a camisa na comemoração do gol.
Entendo que o contexto era de muita tensão e o gesto de Yuri Alberto foi uma clara reação de alívio. De qualquer modo, qualquer jogador sabe que tirar a camisa não é permitido pela regra e é sinônimo de amarelo. Esse já foi o terceiro da equipe do Inter por esse motivo em cinco partidas na Libertadores.
Uma hora daria problema e deu. Minutos depois de levar esse cartão, o atacante colorado recebeu o segundo amarelo por atingir o rosto do adversário com a mão esquerda. Não foi um gesto de proteção. Ele levantou demais o braço e acabou acertando o nariz e depois ainda tocou no peito do jogador do Olimpia na sequência do movimento.
Concordo que intensidade do contato pode ser discutida, mas Yuri deveria ter sido mais cuidadoso para alguém que havia acabado de levar um amarelo de graça. A outra expulsão do jogo foi indiscutível. Saucedo já tinha amarelo e acabou impedindo um chute promissor na direção do gol ao fazer uma ação de bloqueio e interceptar a bola com o braço aberto. É o lance claro para amarelo. Foi o segundo e a expulsão foi correta.