A vitória do Inter sobre o Olimpia devolveu a equipe ao primeiro lugar do Grupo B da Libertadores e a chance de depender apenas do próprio resultado na última rodada para classificar-se às oitavas de final como líder da chave. Os dois últimos jogos da primeira fase acontecem nas mesmas semanas dos Gre-Nais que decidem o Gauchão, em sequência que pressionou Miguel Ángel Ramírez. Após o triunfo no Paraguai, nesta quinta-feira (20), o técnico concedeu entrevista coletiva mais tranquilo, mas ainda prega cautela antes de afirmar que está na próxima fase:
— Ainda não estamos (classificados). Temos de ganhar dentro de casa para classificar e ser primeiros do grupo — projetou, antes de analisar a vitória: — Representa voltar a ser líder do grupo. Ter a classificação nas nossas mãos e poder classificar como primeiro do grupo.
O último treino do time antes do embarque para o Paraguai, na quarta-feira, teve protestos da torcida ao lado do CT Parque Gigante. A derrota na primeira final do Gauchão e a ameaça de ser eliminado na fase de grupos da Libertadores fizeram as escolhas de jogadores e até o modelo de jogo do espanhol serem questionados pela torcida. Ramírez voltou a falar das dificuldades que enfrenta para fazer com que seus atletas entendam suas ideias em campo.
— É um modelo que não pede uma coisa só, pede várias. E eles (jogadores) vêm de um modelo diferente. Então leva tempo, e também derrotas, para que eles percam o medo de tentar outra vez. Mas aqui não podemos. Não temos tempo e não podemos ter as derrotas. Então é complicado. Pela urgência de jogar, por ter jogos a cada três dias, por não poder treinar. É complicado. Estamos tentando aproveitar conversas individuais, vídeos, quadros táticos, tudo que pudermos extracampo para acelerar o processo — comentou, na última pergunta da entrevista coletiva no Paraguai.