O Grêmio abriu o placar cedo no confronto diante do Novo Hamburgo. O relógio não marcava nem dois minutos quando Diego Souza aproveitou cruzamento de Everton para fazer 1 a 0. Isso dava uma ideia de que o jogo poderia ser resolvido rapidamente e a arbitragem não teria muito trabalho ao longo dos 90 minutos.
Se enganou quem pensou assim. A semifinal, disputada na Arena, acabou sendo o jogo mais movimentado e com as maiores polêmicas desde a retomada do Gauchão. Listei sete situações que precisam ser analisadas. A arbitragem errou em três e acertou em quatro.
Erros da arbitragem
Erros 1 e 2: houve duas irregularidades no segundo gol do Grêmio, marcado por Maicon. Antes que a bola sobrasse para o volante empurrar para a rede, houve um toque no braço esquerdo de Alisson. De acordo com a regra, toques de mão ou braço na bola são considerados irregulares em jogadas de ataque, mesmo involuntários, sempre que isso gerar um gol ou uma situação de gol. O detalhe é que o toque ocorreu porque Alisson foi empurrado por Moisés. Se o jogo tivesse VAR, o toque de mão de Alisson representaria a anulação do gol. O árbitro de vídeo informaria a infração factual. No entanto, pediria que o juiz principal fosse olhar o empurrão em Alisson. A decisão final correta seria a marcação do pênalti. Vale ressaltar que esse é um lance de muita complexidade.
Erro 3: foi mal anulado o gol marcado por Diego Souza, aos dois minutos do segundo tempo. A arbitragem sinalizou falta do centroavante sobre o zagueiro Diego Ivo, mas a disputa foi normal. Diego Souza saltou visando a bola e alcançou o objetivo sem fazer carga ou deslocar o adversário. Não há tranco, empurrão ou outro gesto faltoso. O gol foi legal.
Acertos da arbitragem
Acerto 1: o segundo gol do Novo Hamburgo teve acertos da assistente Maíra Moreira. Depois de saída errada de Matheus Henrique, a bola foi parar nos pés de Matheus Lagoa. Ele acionou Juba, que tinha posição ajustada, mas estava em condição normal. O atacante tocou para Kayron, que estava pouca coisa atrás da linha da bola. Lance rápido e gol legal.
Acerto 2: foi bem anulado o golaço marcado por Éverton aos 25 do segundo tempo. O atacante recebeu lançamento, limpou o goleiro e deu um toque de letra. Só que no momento do passe, ele estava à frente. A assistente Maíra Moreira acertou na marcação.
Acerto 3: o pênalti de Jean Pyerre em Chicão foi bem marcado. Foi uma jogada infantil do meia gremista. Ele desloca o adversário com o braço esquerdo dentro dá área. O lance ocorreu aos 32 do segundo tempo e, na cobrança, o Novo Hamburgo marcou o gol de empate em 3 a 3.
Acerto 4: para completar um jogo maluco e cheio de questões de arbitragem, o quarto gol do Grêmio também chamou atenção. Embora a posição de impedimento, o gol de Luciano foi legal por um simples motivo. A origem da jogada foi um toque do zagueiro do Novo Hamburgo. Ele buscou a bola e tentou o cabeceio, mas errou o gesto técnico. Com isso, deu passe para trás se tornando nova origem e tornando legal a condição de Luciano. Acerto da assistente Maíra Moreira.