Jamais questionei a capacidade de Leandro Vuaden como árbitro. No entanto, fiz uma crítica à escala de arbitragem do Gre-Nal 426. Desta forma, penso que atingi Vuaden indiretamente por discordar do critério utilizado para a escolha do juiz de 45 anos para comandar o clássico decisivo do segundo turno do Gauchão.
Dito isto, o desempenho de campo contrariou acabou com qualquer dúvida. Quem fala antes, precisa reconhecer depois. Leandro Vuaden teve uma atuação para calar os críticos, inclusive eu.
Vale não só para Vuaden, mas também para os assistentes Lúcio Flor e José Eduardo Calza, o quarto árbitro Jonathan Pinheiro e os integrantes da cabine do VAR: Jean Pierre Lima, Vinicius Amaral e Jorge Eduardo Bernardi. Toda a equipe de arbitragem está de parabéns.
Vuaden soube usar a experiência de quem tem 45 anos e mais da metade da vida dedicada à arbitragem. Ao tirar na hora certa os cartões, ele baixou a temperatura e colocou o clássico no bolso.
Isso ficou evidente em um primeiro tempo de entradas mais ríspidas e com quatro amarelos bem aplicados, três para o Inter e um para o Grêmio. Na metade da etapa inicial, o jogo já estava controlado.
Quando a coisa esquentou depois do segundo gol do Tricolor, os cartões vermelhos foram cirúrgicos. Patrick e Orejuela foram bem expulsos.
Os pequenos reparos que podem ser apontados ficam diluídos na dimensão de um jogo tão importante e decisivo. Vale isso para o amarelo apresentado para Kannemann no final da partida, mesmo que isso represente a suspensão do zagueiro. Um Gre-Nal é maior do que isso.
Vuaden mostrou que tem o tamanho do maior clássico do país. Ninguém chega ao 14º Gre-Nal da carreira por acaso. E isso é inquestionável.