Foi uma boa estreia de Daniel Bins no Gre-Nal 425. O mais importante foi o fato de que o resultado do clássico não passou pelo apito. Foi um jogo resolvido na bola e com acerto da arbitragem no lance que poderia ter mudado a história do jogo.
Bins tomou a decisão técnica correta ao marcar pênalti para o Grêmio aos 32 minutos do primeiro tempo. Musto realmente puxou e tirou o equilíbrio de Kannemann dentro da área. O juiz de 42 anos também acertou ao não mostrar amarelo para o volante colorado, que já estava pendurado no jogo. Um segundo amarelo errado representaria uma expulsão injusta.
A interpretação disciplinar desse lance parte do princípio de que nem todo pênalti é sinônimo de cartão. A interpretação precisa ser dentro do contexto. Deve-se levar em conta a intensidade da infração. Musto foi imprudente. Tirou o adversário da jogada com um toque no ombro. Sem exageros. Uma falta de jogo dentro da área.
Outro ponto que precisa ser levado em conta para justificar ou não o amarelo nesse pênalti é o impacto tático. Musto não impediu um ataque promissor com a infração. Estamos falando de uma bola alçada na área em uma cobrança de escanteio.
Foi um Gre-Nal de muita competitividade e exigência física. Mais um ponto para a equipe de arbitragem. O juiz demonstrou bom preparo mesmo depois de mais de quatro meses sem atuar e sem ter as condições ideais para treinamento por conta das limitações impostas pela pandemia. O mesmo vale para os assistentes, que fizeram bom trabalho.
O contexto valoriza ainda mais a atuação de Bins. Não há dúvidas de que foi uma boa estreia.