Os jogos de Inter e Grêmio no final de semana mostraram que uma regra ainda não foi entendida por Renato Portaluppi e Eduardo Coudet. É necessário esclarecer como deve funcionar o uso da máscara por parte dos treinadores do Gauchão. Quem sabe seja possível até questionar esse ponto do protocolo para a sequência da competição. O fato é que não está claro.
Na partida da equipe colorada contra o Esportivo, o árbitro Anderson Daronco teve uma longa conversa com Coudet na volta do intervalo justamente sobre o assunto. O juiz fez o mesmo com Carlos Moraes, técnico do time da Serra.
A explicação de Daronco para os dois era de que eles precisavam usar o equipamento quando não estão passando orientações aos jogadores. Durante o jogo do Tricolor contra o Ypiranga, Renato repetiu o comportamento de Coudet, mas não chegou a ser alertado pela arbitragem.
O protocolo do Gauchão diz que a máscara precisa ser utilizada pelos treinadores. "Todos, com exceção dos atletas, árbitro e auxiliares 1 e 2, deverão usar máscaras de proteção e manter a distancia de 1,5 metro entre pessoas. A limpeza das mãos deverá ser recorrente a todos os envolvidos".
O texto ainda detalha quem pode ficar à beira do gramado e reforça a necessidade do equipamento.
"Permanecerão no banco de reservas: seis jogadores reservas, treinador, preparador físico, médico e massagista ou fisioterapeuta. (Totalizando 10 pessoas). Manter a distância de 1,5 metro entre as pessoas com uso de máscaras por todos que não estiverem na equipe em campo".
Não acho que seja o caso de polemizar a questão. Basta esclarecer a regra aos envolvidos para evitar a perda de tempo desnecessária durante a partida. Além disso, uma série de questionamentos se abrem.
Por estarem testados tanto quanto os jogadores em campo e pela participação ativa que os treinadores têm durante os 90 minutos, talvez seja o caso de rever essa exigência. Não acredito que tenha muita diferença para os técnicos ficar tirando e botando a máscara à beira do gramado ou simplesmente não utilizá-la enquanto o jogo está rolando.
Por fim, também é preciso ver se será papel dos árbitros esse tipo de alerta e padronizar o processo. São detalhes que precisam de pequenos ajustes no futebol da pandemia.