Precisou ocorrer uma pandemia para que a Fifa encaminhasse a sugestão de uma mudança óbvia nas regras do futebol. A entidade quer aumentar o número de substituições de três para cinco por time durante as partidas. Tenho certeza de que a alteração que está cada vez mais perto de se tornar realidade temporária chegará para ficar no futebol.
Compreendo que o espírito da mudança esteja em uma preocupação com o desgaste físico que a maratona de jogos pós-pandemia deve gerar. No entanto, essa necessidade só é gritante porque essa regra está defasada. Observando a intensidade do futebol atual e a quantidade de partidas que as equipes disputam, sobretudo no Brasil, as cinco substituições deveriam estar em vigor há um bom tempo.
O aumento no número de alterações por equipe geraria não só novidade de benefício físico. Também geraria impacto na estratégia. Isso porque a Fifa quer que as substituições não atrapalhem o andamento do jogo e não sejam utilizadas para matar tempo.
Com isso, os treinadores só poderiam realizar três interrupções para a troca de jogadores, além do intervalo. Isso obrigaria a realização de mais de uma mudança ao mesmo tempo em algumas circunstâncias para que nenhuma delas fosse perdida. Em outros casos, sobrariam trocas e não haveria qualquer prejuízo.
A confirmação da alteração depende agora de aprovação da IFAB, entidade que regulamenta as regras do futebol. Tenho certeza de que haverá bom senso na aceitação da medida. Se isso ocorrer, essa mudança chegará para ficar. Pode escrever.