Só há um motivo para que o árbitro Roberto Tobar tenha revisado o possível pênalti para o Inter na derrota para o Flamengo no confronto de ida das quartas de final da Libertadores. O juiz chileno não deve ter visto que a bola bateu no braço de Rodrigo Caio na disputa com Paolo Guerrero. Do contrário, ele teria resolvido a questão no campo e sem a necessidade da interferência do VAR. Isso porque o lance foi muito claro. Apesar do toque, esse é a típica situação em que há todos os elementos necessários para a interpretação de jogada normal.
É importante observar que o braço do zagueiro estava em posição natural. Outro aspecto fundamental é que, de fato, a bola desvia primeiro na coxa do defensor, o que gera o fator surpresa. Sem falar que Rodrigo Caio não está atacando a jogada em ação de bloqueio. O braço não se movimenta na direção da bola ou para longe do corpo. Simplesmente acompanha o movimento frontal inicial em paralelo ao corpo, pois houve a tentativa de interceptar a bola com a perna.
É provável que Roberto Tobar não tenha visto que a bola pegou no braço de Rodrigo Caio porque o corpo de Paolo Guerrero deixava a visão do juiz encoberta. Neste caso, o VAR chamou o árbitro porque ele não teve a oportunidade de interpretar no campo. Ou seja, precisava ter a chance de ver no vídeo o que não viu na velocidade do jogo. Um procedimento padrão e acertado. Por isso, o lance foi revisado no monitor à beira do gramado, mas o pênalti não foi marcado. A decisão foi correta.