O empate em 2 a 2 entre Inter e River Plate teve arbitragem correspondente ao alto nível técnico do confronto da terceira rodada da fase de grupos da Libertadores, nesta quarta-feira (3), no Estádio Beira-Rio. Apesar da pouca experiência na competição, o uruguaio Esteban Ostojich teve atuação segura, bom controle disciplinar e um acerto decisivo ao marcar o pênalti em favor da equipe argentina no primeiro tempo. Houve outras duas situações com reclamações de penalidades não apitadas, mas entendo que o juiz teve interpretações corretas.
O pênalti cometido por Edenilson foi indiscutível. O volante do Inter interceptou a bola depois saltar com o braço esquerdo aberto em um lance de cobrança de falta. Os árbitros sempre alertam para que os jogadores da barreira tomem cuidado para evitar infrações desta natureza. A decisão disciplinar também foi correta. O amarelo para Edenilson se justifica porque o toque impediu uma chance promissora, pois a bola tinha a direção do gol.
O River Plate reclamou outra penalidade em lance envolvendo Rodrigo Dourado e Zuculini. O argentino usa o braço esquerdo no corpo do atleta colorado e se coloca na frente da jogada. Por baixo, Dourado acaba batendo em Zuculini na tentativa de acertar a bola. Entendo o lance muito mais como uma disputa por espaço em que ambos estão brigando para alcançar a bola. Não vejo o jogador colorado fazendo uma ação clara de visar e tentar impedir o adversário de jogar. Se fosse para apitar algo seria a falta de Martínez Quarta em Cuesta na origem.
Em lance com alguma semelhança ao reclamado pelo River, o Inter protestou pênalti no final do primeiro tempo. Houve choque e uso do corpo na busca por ganhar vantagem, mas pareceu não ter sido nada além de uma disputa por espaço entre Angileri e Edenilson.
Os acertos do árbitro Esteban Ostojich não foram só nos lances pontuais. Ele conseguiu controlar muito bem um jogo pegado, que teve um total de oito amarelos aplicados. O resultado não passou pela arbitragem.