Se enganou quem pensou que a utilização de reservas de Grêmio e Inter seria sinônimo de facilidade para a arbitragem. O Gre-Nal 418 foi marcado por pressão e tensão, especialmente no primeiro tempo. O árbitro Anderson Daronco teve trabalho para controlar a partida, mas mostrou a autoridade de quem tem o escudo da Fifa no peito. O resumo de tudo isso foi uma atuação sem erros graves e com um acerto decisivo na partida deste domingo (17), na Arena, pela 10ª rodada do Gauchão.
A principal decisão da arbitragem foi a expulsão indiscutível de Nonato. O volante levou segundo amarelo depois de puxar Matheus Henrique por trás quando o jogador gremista progredia na direção da área colorada. Poucos minutos antes, Nonato já havia sido advertido verbalmente por falta no mesmo adversário. Não restou outra alternativa a Daronco. A inexperiência do garoto custou um cartão vermelho para o Inter aos 29 minutos do primeiro tempo.
Esse não foi o único momento de tensão do Gre-Nal, que logo aos seis minutos da etapa inicial já registrou falta forte de Roberto em Pepê. Foi a primeira bronca e resultou no primeiro amarelo muito cedo. No total, foram sete amarelos no clássico, quatro para o Grêmio e três para o Inter, além dos dois mostrados para Nonato que se convertem em um vermelho para efeitos de estatística. Se faltou algum cartão, foi para Marcelo Oliveira no lance em que ele atropelou o adversário perto da entrada da grande área.
A expectativa pela interferência do VAR ficou para a próxima. A exemplo do que ocorreu em 2018, os paranaenses Rafael Traci e Ivan Carlos Bohn não precisaram atuar para alterar qualquer decisão tomada pela arbitragem. Isso é mais um motivo para a certeza de que as coisas se resolveram no campo.
O Gre-Nal 418, que entrará para a história como o clássico dos reservas, não será lembrado por erros de arbitragem. A vitória por 1 a 0 do Grêmio sobre o Inter foi legítima.