Não estou exagerando ao dizer Pepê escapou de lesão grave na goleada por 6 a 0 do Grêmio contra o Juventude, neste domingo (24), no Estádio Alfredo Jaconi, válido pelas quartas de final do Gauchão. Se o jogador gremista estivesse com as pernas apoiadas no gramado, não sei o que poderia ter ocorrido depois de receber um carrinho tão violento como o que foi aplicado pelo zagueiro Genilson.
É lógico que a decisão do árbitro Leandro Vuaden foi acertada. Com toda a experiência que tem, ele não precisou de um segundo para levar a mão direita ao bolso de trás do calção e puxar o cartão vermelho.
O lance é impressionante e fica mais grave por dois fatores. O primeiro é a força desproporcional empregada. O segundo é a altura em que Genilson atinge Pepê. Não é um carrinho rasteiro, no nível do gramado. É quase um golpe no ar. Ao fazer isso, o zagueiro assume o risco de lesionar o adversário. Poderia ter causado uma fratura em Pepê, se o gremista estivesse com o pé apoiado no chão.
O atacante teve agilidade e sorte. A carreira de Pepê recomeça ao sair ileso da entrada de Genilson.