O Grêmio goleou o São Luiz pelo placar de 4 a 0 em um confronto muito tranquilo. A lealdade prevaleceu em campo e as duas equipes cometeram somente 15 faltas em toda a partida. Essa é a típica descrição de um jogo sem qualquer polêmica de arbitragem, mas não foi o que ocorreu na Arena. Houve dois pênaltis que marcaram o duelo da quarta rodada do Gauchão, mas apenas um foi assinalado pelo árbitro Leandro Vuaden.
O primeiro ocorreu logo aos dois minutos da etapa inicial. Houve um pênalti claro não marcado em Everton. O atacante gremista entrou na área, limpou a jogada e foi atingido no meio da perna pelo zagueiro do São Luiz. O defensor errou completamente o bote e passou longe da bola. Vuaden não percebeu a infração e mandou o jogo seguir.
O outro foi o pênalti marcado. Depois de chute de Jael, a bola explode no braço de Ricardo dentro da área. Vuaden não teve dúvidas ao apitar a infração. Há dois aspectos que levo em conta na interpretação do lance. O primeiro é que o jogador do São Luiz posiciona o braço junto ao corpo, praticamente em frente à barriga. O segundo é a velocidade do chute de Jael. Por mais que estivesse em ação de bloqueio, entendo que o defensor usa o braço como proteção na disputa. Considero o lance normal.
Em resumo, o pênalti não marcado deveria ter sido. Por outro lado, entendo que o que resultou no gol de Luan não deveria ter sido apitado. É claro que o contexto do jogo com a goleada do Grêmio minimiza os problemas. Os erros fica diluídos em meio aos quatro gols e a grande atuação do Tricolor.