A classificação do Grêmio contra o Estudiantes na Libertadores foi marcada por um fato inesperado. Uma discussão de Renato e Maicon com o árbitro Éber Aquino antes das cobranças de pênalti chamou atenção. Não acreditei quando o repórter José Alberto Andrade relatou na transmissão da Rádio Gaúcha o motivo do bate-boca.
A explicação evidenciou um erro básico do juiz por puro desconhecimento das regras. Aquino havia simplesmente determinado que os pênaltis seriam cobrados na meta à direita das cabines de imprensa. Eis que o técnico e o volante gremista entraram em ação. Os dois reclamaram que a escolha estava equivocada, pois deveria ser feita a partir de sorteio e não por mero apontamento. Estavam certos, e o árbitro estava errado.
O texto da regra 10 diz que "a menos que existam outros fatores a ser considerados (por exemplo, condições do campo, segurança, etc.), o árbitro efetuará um sorteio por meio de uma moeda para decidir em qual meta os tiros serão executados. Esta decisão só poderá ser mudada por razões de segurança ou no caso de a meta ou o campo de jogo ficarem impossibilitados de uso".
A regra diz ainda que um segundo sorteio é necessário para determinar quem será a equipe a executar a primeira cobrança.
Não fosse o alerta feito por Renato e Maicon, Éber Aquino não teria realizado o sorteio que acabou coincidentemente indicando o mesmo lado previamente escolhido, mas da forma correta.
Um erro básico destes não pode ser cometido por um árbitro do quadro da Fifa.