O dia 15 de junho de 2018 é histórico. O primeiro erro com o uso do árbitro assistente de vídeo foi registrado na Copa da Rússia. O juiz italiano Gianluca Rocchi deixou de marcar falta de Diego Costa em Pepe na origem da jogada do primeiro gol da Espanha no empate em 3 a 3 contra Portugal. O problema maior não foi o equívoco em si. Foi o fato de que o juiz principal não saiu de campo para revisar o lance na imagem da TV. Isso abre dúvidas sobre o funcionamento do recurso eletrônico.
Vale salientar dois pontos importantes diante desta polêmica. O primeiro deles é que a decisão final é sempre do juiz principal. O segundo é que, em um lance de gol com possível falta de um atacante, a marcação feita dentro de campo jamais será modifica somente com a informação passada pelo árbitro de vídeo. Nestes casos, o juiz principal precisa revisar a jogada em um monitor que fica à beira do gramado.
Logo depois do gol, Gianluca Rocchi chegou estabelecer diálogo com o árbitro de vídeo Massimiliano Irrati, também italiano. A conversa entre os dois durou poucos segundos e o gol foi confirmado. Será que eles consideraram que a jogada não era clara ou escandalosa o suficiente para justificar a revisão? Se sim, o que precisaria acontecer para que a avaliação fosse diferente?
Confesso que não tenho as respostas para essas perguntas e fico na expectativa por uma manifestação da Comissão de Arbitragem da Fifa sobre o episódio. Enquanto isso não ocorre, fico curioso para saber qual será o procedimento em outros lances parecidos ao longo da Copa.
Por fim, houve outra decisão da arbitragem que gerou reclamação no duelo entre Portugal e Espanha. Foi o pênalti marcado em Cristiano Ronaldo, que acabaria gerando o primeiro dos três gols do português na partida. Entretanto, a infração foi bem marcada. Nacho errou o bote e derrubou CR7. Neste lance, ponto para o juiz principal e para o árbitro de vídeo.