O árbitro de vídeo entrou em ação na primeira partida da Recopa Sul-Americana, que terminou com o empate em 1 a 1 entre Independiente e Grêmio. O recurso foi utilizado na expulsão de Gigliotti, aos 29 do primeiro tempo.
O atacante atingiu o zagueiro Kannemann com uma cotovelada no rosto e mereceu receber o vermelho direto. O mais importante deste episódio foi conferir na prática um dos benefícios que uso do árbitro de vídeo pode proporcionar ao futebol.
Vale ressaltar que o juiz nem viu a infração. Quem marcou a falta e passou a informação ao árbitro foi o assistente Byron Romero. Dentro de campo, a decisão de Roddy Zambrano foi pela aplicação do amarelo.
Se o jogo não tivesse recurso eletrônico, a atitude de Gigliotti ficaria eternizada como a velha catimba. Prevaleceria aquela ideia ultrapassada de que os argentinos sabem bater e provocar os adversários. No entanto, a arbitragem teve a oportunidade de verificar a conduta violenta do atacante no monitor e alterou a cor do cartão.
Nem sempre o árbitro de vídeo vai resolver as coisas da melhor forma. O projeto ainda está em fase experimental e muitas polêmicas ocorrerão até que tudo esteja ajustado. No entanto, os jogadores precisarão ter outro tipo de comportamento sabendo que estão sendo permanentemente ser vigiados pelas câmeras.
A agressão fora da disputa de bola pode escapar da visão do juiz principal no campo, mas será convertida em cartão vermelho com o uso do vídeo. Neste caso, tentar ser malandro pode ser sinônimo de burrice.